A importância da Inteligência Emocional em Tempos de Crise

Por Fabiana Barbosa – Psicanalista, analista junguiana, parapsicóloga, hipnoterapeuta, master practitioner em programação neurolinguística, consteladora sistêmica familiar e organizacional, mediadora de conflitos, gestora de inteligência emocional, instrutora de informações mindfulness, palestrante e consultora de treinamentos empresariais.

À medida que o tempo passa torna-se cada vez mais difícil definir termos reais e o que vem a ser normalidade.

O que é normal para uma sociedade conturbada em pleno século XXI, onde pessoas convivem com a crise mundial, onde há um aumento crescente de criminalidade, suicídios, abuso de drogas e outros indicadores de mal-estar social, sobretudo entre os jovens.

A tendência ao individualismo exacerbado, o que acarreta, conseqüentemente, uma competitividade cada vez maior, cada dia sendo constatada nos postos de trabalho e no meio universitário. Essa visão de mundo traz um isolamento e deterioração das relações sociais.

  A harmonia no ambiente de trabalho é muito importante, todas as pessoas sabem que devem ser gentis e educadas com os colegas de trabalho, de escolas, de faculdades, enfim, porque na maioria dos casos, passam mais tempo com eles do que com seus familiares. Mas como manter um clima harmonioso, de gentileza, educação e lidar com conflitos no dia a dia?

A velocidade das transformações sociais se perde ao senso dos processos evolutivos desde a concepção do ser humano até a sua morte. Vivemos na época da emulação, criação de novos sistemas e parâmetros cada vez mais complexos, desenvolvimento da ciência emergente. 

O ser humano nasce com capacidade para experiência e comportamento emocionais. Vivendo com os pais e irmãos de sangue, isto constitui uma das principais fontes para a aquisição das configurações emocionais logo cedo na vida. 

Quando estes relacionamentos são agradáveis e compensadores, formam um bom começo para muitas emoções desejáveis. À medida que o bebê cresce, é preciso que ele sinta afeição, simpatia e amor expressos pelos outros, antes que possa haver reciprocidade. Desta forma, para que cresçam, as emoções socialmente desejáveis carecem de estimulação humana. 

Conforme a criança vai crescendo, as maneiras de expressar as emoções vão se alterando. Quando parte para a adolescência há uma diferenciação emocional na criação do sentimento e atitude. O que quer que aprenda de novo, goste ou não, sentindo atração ou repulsa, os ânimos ou humores, que antes eram raramente percebidos na segunda infância, assolam muitos adolescentes. Um dia o jovem está eufórico e exuberante. No outro dia está desprovido de qualquer prazer. 

A adolescência intermediária é um período de oscilação acentuada entre os ânimos polarizados. No final da adolescência as reações emocionais tornam-se mais dominadas, porém, mais maduras e adultas. 

Na fase adulta em geral é obtido um aumento considerável de refinamento nas atitudes e sentimentos. A mudança é significativa nas emoções quando ocorre algo no desenredo social e emocional. 

A pessoa mais idosa pode torna-se cada vez mais desinteressada e ocasionalmente até apática. Julga-se na maioria das vezes, que já teve sua oportunidade, que agora é muito tarde. 

O tédio e a depressão, a irritabilidade, a descoberta de falhas alheias e as queixas sobre os problemas de saúde e experiências dolorosas surgem perceptivelmente com o avanço da idade. 

A satisfação emocional é cada vez mais derivada das recordações de eventos passados e do exagero sobre as realizações transactas. (Pikunas, 1979, p. 99)

Goleman (2007, p. 66), define a Inteligência Emocional como a capacidade de controlar os impulsos, a empatia – a capacidade de identificar as emoções nos outros, sem a noção do que o outro necessita ou de seu desespero, o envolvimento é impossível; autocontrole e piedade. 

O autor frisa bem a questão da empatia e a necessidade de controlar, zelar, persistir e ter a capacidade do individuo de se automotivar para obter o gerenciamento das próprias emoções.  

Ocorre que muitas vezes o sujeito cria expectativas baseados em seus desejos ou objetivos, quando não são correspondidos, gera a frustração, sentimento de perda, se não souber lidar com essas situações negativas, desencadeará sentimentos de raiva, tristeza, mágoas, ressentimentos, desmotivação, etc. Gerando ineficiência, prejuízos e dificuldades de relacionamentos interpessoais. 

Salovey, com seu colega John Mayer, propôs uma definição elaborada de inteligência emocional, expandindo as aptidões em cinco domínios principais: (GOLEMAN, 2007, p. 66; 67)

1. Conhecer as próprias emoções – Autoconsciência

Reconhecer um sentimento quando ele ocorre é a pedra de toque da inteligência emocional. É a capacidade de controlar sentimentos a cada momento e é fundamental para o discernimento emocional e para a autocompreensão. A incapacidade de observar nossos verdadeiros sentimentos nos deixa à mercê deles. As pessoas mais seguras acerca de seus próprios sentimentos são melhores pilotos de suas vidas, tendo uma consciência maior de como se sentem em relação a decisões pessoais, desde com quem se casar a que emprego aceitar.

2. Lidar com emoções

Lidar com os sentimentos para que sejam apropriados é uma aptidão que se desenvolve na autoconsciência. Avalia a capacidade de confortar-se, livrar-se da ansiedade, tristeza ou irritabilidade que incapacitam e as conseqüências resultantes do fracasso nessa aptidão emocional básica. As pessoas que são fracas nessa aptidão vivem constantemente lutando contra sentimentos de desespero, enquanto outras se recuperam mais rapidamente dos reveses e perturbações da vida.

3. Motivar-se

Colocar as emoções a serviço de uma meta é essencial para centrar a atenção, para automotivação e o controle, e para a criatividade. O autocontrole emocional, saber adiar a satisfação e conter a impulsividade, está por trás de qualquer tipo de realização. E a capacidade de entrar em estado de “fluxo” possibilita excepcionais desempenhos. As pessoas que têm essa capacidade tendem a ser mais produtivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam.

4. Reconhecer emoções nos outros

A empatia outra capacidade que se desenvolve na autoconsciência emocional, é a “aptidão pessoal” fundamental. As pessoas empáticas estão mais sintonizadas com os sutis sinais do mundo externo que indicam o que os outros precisam ou o que querem. Isso as torna bons profissionais no campo assistencial, no ensino, vendas e administração.

5. Lidar com relacionamentos

A arte de se relacionar é em grande parte, a aptidão de lidar com as emoções dos outros. São as aptidões que determinam a popularidade, a liderança e a eficiência interpessoal. As pessoas excelentes nessas aptidões se dão bem em qualquer coisa que dependa de interagir tranqüilamente com os outros; são estrelas sociais. 

As pessoas diferem em suas aptidões em cada um desses campos, alguns de nós podemos ter habilidades para lidar com nossa ansiedade, mas relativamente ineptos para confortar os aborrecimentos de outra pessoa. 

Paz e luz para você. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOLEMAN, Daniel, ph.D. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. 

PIKUNAS, J. Desenvolvimento Humano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1979.

O’CONNOR, Joseph. Manual da programação Neolinguística – PNL: um guia prático para alcançar os resultados que você quer. Rio de Janeiro:Qualitymark, 2003.

O segredo do sucesso com recursos da PNL

Por Fabiana Barbosa – Psicanalista, analista junguiana, parapsicóloga, hipnoterapeuta, consteladora sistêmica familiar, mediadora de conflitos, gestora de inteligência emocional, instrutora de informações mindfulness, palestrante e consultora de treinamentos empresariais.

Hoje em dia é muito comum ouvirmos ou lermos sobre o segredo disso ou daquilo, são assuntos geralmente relacionados ao poder do pensamento, de como mudar a sua vida ou adquirir riquezas. 

O título tornou-se um atrativo nas livrarias e uma forma de chamar atenção das pessoas, mas tratando-se dos recursos da PNL – Programação Neurolinguistica, temos a destacar um diferencial, porque é uma nova ciência, uma forma diferente e já é adotada em algumas instituições de ensino como curso extensivo que vem agregar no conhecimento e nos cursos de pós-graduação, pois ela é uma arte que oferece ferramentas para influenciar processos específicos pelos quais nós criamos nossa experiência subjetiva. 

Segundo O’Connor (2003, pág. 1), a PNL é um modelo que estruturamos como experiência pessoal e uma maneira de entender e organizar a fantasia e bela complexidade de nosso pensamento e comunicação. Ela apresenta um conjunto de modelos, habilidades e técnicas que nos permitem pensar e agir com mais eficácia e eficiência no mundo. O objetivo da PNL é ser útil, oferecer mais opções de escolha e melhorar a qualidade de vida. 

Os criadores da PNL foram John Grinder e Richard Bandler, que trabalhando juntos em meados de 1970, criaram essa maravilhosa ferramenta e que deu origem a um novo campo. Outros desenvolveram e ampliaram a PNL: David Gordon; Judith Delozier; Leslie Cameron Bandler; Steve e Connire Andreas; Robert Dilts; Tad James; Joseph O’ Connor;  etc. 

A PNL diz respeito à experiência que você vivencia no mundo no dia a dia e todos que estão nele, como você faz, como cria a sua realidade, como você vive essa realidade, seus altos e baixos. Quando você opta em se conhecer, buscar o seu autoconhecimento, esta utilizando um recurso poderoso e estimável da PNL para integrar aquilo que já sabe só que de forma consciente, porque saberá como utilizar esse recurso a seu favor e de forma correta, ou seja, aprenderá ordenar suas idéias, palavras e atos com exercícios simples, fáceis que o ajudarão a tornar-se uma pessoa melhor.

Quando você muda, automaticamente a sua vida modifica. Tudo em sua volta muda também. Um dos mitos difundidos é que sofremos porque somos pecadores, não temos direito por isso ou aquilo, ou seja, há muitas limitações registradas em nossa mente inconsciente. Mas a verdade é que existe uma única pessoa responsável por todos os erros de sua vida e essa pessoa é você mesmo. Ninguém é vítima, nada acontece por acaso, tudo que estamos hoje colhendo tem um motivo, cada resultado foi originado por uma ação de momentos antes, seja ele qual for, pois estamos falando da lei de atração, causa e efeito. 

Segundo Canfield (2007, pág. 15), se você quiser ser bem-sucedido, você tem que assumir 100% (cem por cento) da responsabilidade por tudo o que acontece em sua vida: “suas conquistas, seus resultados, a qualidade de seus relacionamentos, seu estado de saúde, sua forma física, suas dívidas e seus sentimentos.”

Consideremos que não é uma tarefa nada fácil assumirmos as nossas falhas, principalmente o que tanto fugimos de nós mesmos, “as sombras”. Quantos de nós fugimos desesperadamente do espelho com medo de enfrentarmos nossas máscaras? 

Usamos máscaras desde o início da civilização, cada pessoa desenvolve um papel em sua vida, seja de marido, esposa, pai ou mãe, filho ou filha, faxineiro ou professor, estudante ou cobrador de ônibus, qualquer profissional, etc. Hoje em dia ou em tempos passados, conviver socialmente é uma missão prazerosa. É preciso saber conviver um com o outro e se adequar ao meio em que se vive. Em alguns momentos somos obrigados a conquistar uma boa imagem e nem sempre é prazeroso, nos sentimos constrangidos, fingimos que estamos bem e o ambiente nos obriga a sermos quem não somos, naquele momento estamos usando uma máscara que não é mesmo nossa, mas por necessidade muitas vezes ficamos horas com essa máscara. Algumas pessoas chegam a incorporar algumas máscaras e deixam de serem elas mesmas. Infelizmente. Esse é o perigo e o grande vilão da humanidade. É como se estivéssemos em uma peça de teatro e quando chegamos a nossa casa, precisamos tirar algumas máscaras, vestirmos outras, chegando ao ponto de não sabermos mais quem somos, afinal estamos trocando de máscaras o tempo todo. Como lidar com tantas máscaras diariamente dependendo da atividade profissional que eu exerço profissionalmente? Será que eu sei quem eu sou? Saberei lidar com o meu sucesso pessoal e profissional usando tantas máscaras? Eu sei diferenciar e lidar com tantas diversidades? 

Pare e reflita. 

Precisamos modificar a nossa conduta, mas jamais deixarmos de sermos nós mesmos, a nossa essência não pode deixar de existir. É preciso que isso fique bem claro para cada um de nós internamente e em nossa consciência. 

Precisamos estar de bem conosco mesmo o tempo todo. O que vamos desempenhar não tem nada haver com quem somos. É como se estivéssemos em uma peça de teatro, mas desde que não afete a nossa conduta moral ou intelectual. Tudo é válido, desde que concordemos e esteja dentro da nossa normalidade e profissionalismo. Nada pode ser contrário as nossas habilidades, conhecimentos ou experiências Acima de tudo sinceridade, honestidade e transparência. 

Sempre precisaremos aprender a lidarmos com nossas máscaras, sombras porque elas fazem parte de nós e de nossa vida. 

Sigmund Freud desenvolveu uma explicação para a Personalidade e foi maravilhoso na apresentação de suas idéias que influenciaram os aspectos da nossa cultura.

Carl Gustav Jung desenvolveu na psicologia analítica o conceito da personalidade como o centro consciente que está no complexo denominado ego. Diversos complexos universais servem ao ego. A persona (nomeada como a máscara usada pelos atores gregos antigos) é a personalidade pública, intermedia entre o ego e o mundo real. 

“Uma persona corajosa, por exemplo, tem a sua sombra temerosa. O arquétipo da sombra é o inimigo ou o intruso temido. A anima é o depósito de todas as experiências de mulher na herança psíquica de um homem; o animus é o depósito de todas as experiências de homem na herança psíquica de uma mulher. A anima ou o animus conecta o ego ao mundo interno do complexo psíquico e é projetado sobre outros em relacionamentos cotidianos ou íntimos. Quando conectado à sombra, um homem, por exemplo, pode ver os atributos de mulher como indesejáveis e pode experimentar culpa ao encontrar estas qualidades em si próprio”.

Segundo Confield, (2007, p. 15), “a maioria das pessoas esta condicionada a responsabilizar algum fator externo por tudo de ruim que nos acontece.” 

Culpamos nossos pais, patrões, amigos, colegas de trabalho, a economia, a falta de dinheiro, qualquer pessoa ou coisa que nos examina de procurar pelo verdadeiro problema. 

“De fato essa postura não funciona, podemos modificar o resultado que depende somente de nós para alcançá-lo. Problemas não podem ser solucionados a não ser que você defina um resultado.” (O’CONNOR, P. 14)

DICAS PARA VOCÊ OBTER SUCESSO COM A PNL NA SUA VIDA PESSOAL: 

Há quatro perguntas básicas que você terá que fazer para ser bem-sucedido nessa caminhada, vamos lá?

1. Que direção você esta indo?  (Anote o resultado que deseja alcançar)

2. Por que esta indo nessa direção?  (Anote aqui os valores que estão te guiando nessa direção)

3. Como você chegará lá no seu objetivo?  (Anote aqui a estratégia que você irá adotar para chegar ao seu objetivo)

4. E se algo der errado, o que pretende fazer?  (Anote aqui os riscos, faça um planejamento de gerenciamento de opções A e B para chegar ao seu objetivo).

Sempre que quiser alguma coisa, nunca diga que “queria” fazer algo, você esta pensando em fazer algo, portanto, seja positivo. Diga sempre “eu quero” ou “estou me esforçando” para conseguir o meu objetivo. 

Diga sempre no presente e não no passado. É importante fazer afirmações positivas para “se condicionar” a uma nova visão de sucesso em sua vida. O homem de sucesso não vê passado, vê presente e futuro. Passado é aprendizado. 

Exemplo: você quer perder peso?

Diga: eu quero perder peso.

Objetivo: Perder 10 quilos.

Quantos meses: 6 meses.

Início: 06/09/2011.

Término: 06/03/2012.

Quais são as metas que você utilizará para chegar até o seu objetivo?

a) Atividade física;

b) Massagem linfática;

c) Consulta com Endocrinologista;

d) Caminhada pela manhã;

e) Salão de beleza;

f) Aula de dança.

Que resultado você deseja conseguir? Emagrecer 10 quilos até o dia… É importante acompanhar suas metas, avaliar regularmente passo a passo a estratégia utilizada, modificar imprevistos e rever mudanças para chegar ao objetivo.  

Recompense-se quando alcançar os seus resultados, se dê momentos prazerosos. Colecione esses momentos com fotos, vídeos, amigos ou escolha do seu jeito uma forma divertida de comemorar. 

A PNL ajuda você a modificar suas crenças e a sua realidade. Temos crenças sobre outras pessoas, sobre nós mesmos e nossos relacionamentos, sobre o que somos ou não somos capazes de realizar. Mas acredite, eu aposto em você, tenho certeza que você é uma pessoa de SUCESSO e pode mudar a sua vida, comece agora mesmo!

REFERÊNCIAS

O’CONNOR, Joseph. Manual da programação neurolinguistica: PNL: um guia prático par alcançar os resultados que você quer. Joseph O’Connor. Tradução de Carlos Henrique Trieschmann. Revisão técnica Jairo Mancilha. Rio de Janeiro: Ed. Qualitymark, 2003. 

CANFIELD, Jack.  Os princípios do Sucesso.  Jack Canfield; com Janet Switzer / Tradução de Jaime Bernardes da Silva. Rio de Janeiro: Ed. Sextante, 2007.

Os cincos passos para a preparação emocional

Por Fabiana Barbosa – Psicanalista, analista junguiana, parapsicóloga, hipnoterapeuta, master practitioner em programação neurolinguística, consteladora sistêmica familiar e organizacional, mediadora de conflitos, gestora de inteligência emocional, instrutora de informações mindfulness, palestrante e consultora de treinamentos empresariais.

 

 

Você sabe lidar com as suas emoções? 

Hoje enfrentamos um mercado de trabalho muito competitivo, uma verdadeira agitação desde o momento em que nos levantamos até o adormecer. Enfrentamos diversas situações no decorrer do dia que vão gerando sentimentos e emoções contrárias ao que desejamos sentir e manter.  

A pressão do trabalho, dos afazeres domésticos, os estudos, cursos e outras atividades, desencadeiam um processo de ansiedade, que por sua vez irá originar a famosa síndrome do século XXI, o “estresse”, podendo ser chamado também de Síndrome da Pressa. 

É possível o homem ser feliz diante de tantos problemas e sofrimentos? Como ficar satisfeito e saber administrar as suas emoções com tantos desafios diários a enfrentar? 

Abordarei com você cinco passos para a preparação emocional, onde você desenvolverá técnicas que o ajudarão a ser racional, mas com sentimento.

1º Passo – Empatia – É a capacidade de se identificar com a outra pessoa, é procurar sentir o que ela esta sentindo, é aprender o modo como ela aprende, enfim se colocar no lugar da outra pessoa, querer o que ela quer. Quando isso ocorre você também está controlando as suas emoções de forma racional e com sentimento. É saber ser racional, mas com um diferencial importante e fundamental, com sentimento. É entender o outro quando se comporta de forma agressiva, melancólico, agitado, insatisfeito e revoltado. É saber se posicionar sem fazer nenhum julgamento. Apenas compreender os fatos, acontecimentos com tranquilidade e sentimento.

2º Passo – Ter novos padrões de pensamentos – É o homem que faz a vontade e não o contrário. Desde que nascemos vamos adquirindo crenças e valores do meio onde vivemos, muitas das vezes que não condizem com a nossa realidade. Mas o que é realidade? Quando criamos uma realidade passamos a vivê-la como experiência de vida, acreditando que aquele momento é sua realidade, mas nem sempre é dessa forma. O homem pode criar sua realidade o tempo todo, viver experiências com novos padrões de pensamentos, isso quer dizer, renovar-se constantemente em busca do seu crescimento e evolução como ser humano e como ser energético. É gostar de si mesmo e sentir-se bem em qualquer lugar. Rever crenças e valores que não são seus e que na atual realidade não trazem nenhuma felicidade a você. Mudar os pensamentos negativos para pensamentos positivos, isso é criar novos padrões de pensamentos.

3º Passo Flexibilidade para mudanças – Quantas pessoas vivem a mesma vida sem questionar e apenas seguem padrões estabelecidos pela família, sociedade, trabalho, religiões e no ambiente em que vivem. Aprenderam a abaixar a cabeça e dizer sim o tempo todo. Não questionam, não sabem dizer não para as pessoas, não querem ser excluídas do meio de sua realidade. A necessidade de serem aceitas no meio em que vivem de forma inconsciente as levam a aceitar padrões que não condizem com a sua verdadeira realidade. Dentro de nós tem um mundo que precisa ser explorado, lá nesse mundo há poderes infinitos que podemos acessar. A esses poderes dou o nome de recursos internos, sempre que preciso deles eu os trago para a minha realidade. Quando acessamos o nosso poder interno, permitimos exteriorizar os nossos dons, talentos, encantos, magias, alegria, saúde, paz, amor e a felicidade que tanto buscamos no mundo externo, quando na verdade está dentro de nós mesmos. Ser flexível é se permitir mudar e renovar constantemente, buscar o autoconhecimento e se capacitar como ser humano o tempo todo.

4º PassoAtividade física – Os exercícios são importantes para o condicionamento físico, promover a saúde e o bem estar do ser humano. O homem não pode ficar parado, é importante estar em constante movimento para a liberação das energias.  São inúmeros os benefícios com a atividade física, eleva a autoimagem, melhora a postura, aumenta a produtividade no trabalho, fica menos propenso às doenças, combate o estresse e a indisposição e promove a qualidade de vida.

5º PassoMeditação – É domar a mente e trazê-la à compreensão da realidade. Requer um processo lento e gradual de ouvir e ler explicações sobre a natureza das coisas; pensar e analisar cuidadosamente esta informação e finalmente transformar a mente através da meditação. É promover o seu bem-estar e qualidade de vida na construção de novos padrões de pensamentos e atos.

 

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GOLEMAN, Daniel, Ph.D. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

A vida espiritual no mundo de conflitos

Por Fabiana Barbosa – Psicanalista, analista junguiana, parapsicóloga, hipnoterapeuta, master practitioner em programação neurolinguística, consteladora sistêmica familiar e organizacional, mediadora de conflitos, gestora de inteligência emocional, instrutora de informações mindfulness, palestrante e consultora de treinamentos empresariais.

 

 

O que a maioria de nós procura? O que desejamos? É muito importante definirmos o que procuramos. A maioria de tem procurado a paz e a felicidade, em um mundo atormentado pelas agitações, guerras, disputas, resumindo em conflitos. Mas por que isso ocorre? 

Estamos buscando a felicidade ou apenas uma satisfação? Daí se explica porque a felicidade é tão passageira, dura tão pouco tempo e novamente voltamos a buscá-la de alguma forma em algum lugar.

Então pergunto: podemos procurar a felicidade? É possível ser feliz em mundo com tantas guerras, pandemias e conflitos? 

A felicidade existe e pode ser obtida aqui e agora, basta tomarmos consciência de que ela nunca esteve longe e tão pouco fora de nós, ela sempre esteve presente e habita dentro de cada um de nós. Quando não temos essa consciência geramos os conflitos interiores e passamos esses conflitos para as outras pessoas. Quando não estamos satisfeitos, ficamos infelizes.

O ser humano busca constantemente algo que lhe satisfaça. Não interessa se é em grandes ou pequenas proporções. O que importa é satisfazer-se naquilo em que esta buscando. Antes do homem se empenhar em resolver conflitos externos, ele precisa antes de qualquer coisa, resolver seus conflitos internos. 

A felicidade é algo que somente nós podemos conquistar. Ela está acompanhada da tranqüilidade, da paz, do amor, da satisfação e por aí vai. Portanto, satisfação é algo que complementa a felicidade e não o suficiente para ser a felicidade.

Quando temos essa clareza, fica fácil resolvermos todos os problemas e conflitos tanto internos e externos. Nossa dificuldade é ter clareza sobre as nossas verdadeiras intenções. É uma análise que somente nós podemos fazer.

Nunca será inútil trocar de instrutores ou irmos à procura de soluções, praticar meditação e fazer exercícios. É fundamental buscarmos todos os tipos de soluções viáveis ao nosso crescimento evolutivo, pois se não qual seria o nosso valor realmente nesse mundo? Estamos aqui para evoluirmos e não regredirmos.

As pessoas nos veem da forma que nós nos vimos. Quando temos consciência desse processo entendemos os conflitos que geramos em nossa mente.

As pessoas estão se tornando mesquinhas, invejosas, vaidosas, egoístas, por estarem distorcendo aquilo que chamamos de felicidade. Criamos em torno de nós situações conforme estamos nos vendo.

Precisamos ser mais humanistas, iniciar um processo voltado pela paz mundial, sem ficar procurando culpados para os atuais acontecimentos. Quando focamos em encontrar os verdadeiros culpados, perdemos um tempo precioso. O que se deve avaliar é onde está o problema e como solucioná-lo. O foco será em encontrar soluções. Quando toda situação estiver controlada, então o segundo passo será analisar por inteiro as falhas, suas origens e como evitar futuros problemas.

O mundo precisa de pessoas que visam à evolução do mundo, através de seus pensamentos, palavras e ações positivas. Isso não significa que o autoconhecimento esteja em oposição aos relacionamentos, ou seja, separado deles. 

Para transformarmos o mundo, precisamos fazer um estudo de nós mesmos, observando cada palavra e reações. Observando cada movimento do pensamento e do sentimento. Temos que ter consciência de nos conhecermos por inteiro. Se não nos conhecemos, então não conseguiremos entender certas coisas e nem criar novos hábitos, novas crenças e novos paradigmas. 

Antes de podermos descobrir qual é a finalidade de nossa vida e qual o significado de tudo o que vimos, as guerras, os conflitos, a confusão, precisamos descobrir a nós mesmos. Ao mesmo tempo em que parece ser simples, se torna difícil quando paramos para nos analisar. Para observar a si mesmo e ver como funciona o seu próprio pensamento é preciso estar vigilante.

Quando vigiamos nossos pensamentos, palavras e ações, estamos mudando a forma de conduzir a nossa vida. Estamos gerenciando nossas emoções com inteligência e buscando o equilíbrio.

O mundo moderno exige muito de nós, para ganharmos o sustento é necessário atualizarmos diante o mercado de trabalho e nos qualificarmos profissionalmente. O individuo passa assumir responsabilidades dentro das organizações, compromissos em diversos aspectos, enfrentando muitas vezes acumulo de funções, diminuindo o seu tempo para avaliar a própria vida e quais são as suas verdadeiras intenções para com o mundo.

O autoconhecimento permite maior clareza e o encontro da paz. Quando estamos em paz fica fácil identificar os problemas e com eles as soluções. O mesmo ocorrerá no mundo, quando as pessoas se conscientizarem sobre a necessidade de si conhecerem e vigiarem seus pensamentos, palavras e atos. 

 Quando doamos amor, recebemos amor.

Quando doamos alegria, recebemos alegria.

Quando doamos felicidade, recebemos felicidade e assim por diante.

 É uma troca de energias. Estamos o tempo todo trocando energias um com o outro.

O que estamos fazendo neste exato momento é uma troca de energias e de autoconhecimento. Todos estão ganhando nessa troca, estamos crescendo e evoluindo em todos os aspectos.

Porque não podemos substituir a guerra pela paz? Porque não podemos substituir a tristeza pela alegria? Porque não podemos substituir a raiva pelo perdão? Porque não podemos substituir o medo pela coragem? Porque não podemos substituir o mal pelo bem? 

É simples, basta querer e mudar a forma de pensar e agir. Quando isso ocorre começa o processo de transformação em sua vida pessoal, profissional e espiritual.

Podemos viver nesse mundo de conflitos desde que façamos a nossa parte, contribuindo com nossos pensamentos, palavras e atos. Não vamos perder tempo em querer achar culpados, mas sim em encontrar soluções.

A união faz a força. Cada um tem que fazer a sua parte. É só imaginarmos que estamos montando um grande quebra-cabeça, vamos retirando as peças que geram o mundo de conflitos e substituindo por peças que geram a paz e harmonia entre todos os seres que habitam o planeta Terra.

Quando imaginamos que vivemos em um mundo de quebra-cabeças, entendemos melhor o processo da evolução. Encontramos pessoas com as mesmas afinidades que as nossas, porque estão na mesma frequência que a nossa, ou seja, na mesma sintonia.

Ao contrário das pessoas que vivem em conflitos, irão atrair pessoas sempre em conflitos, pois estão no mesmo campo energético.

Paz e luz para você!