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Constelação Sistêmica Organizacional

1. Introdução da Constelação Sistêmica Organizacional

Em 1995 em um congresso em Kufstein, Áustria   a pedido de um cliente Hellinger,  usou sua metodologia de aconselhamento familiar, chamada de Constelação Sistêmica Familiar e aconselhou um empresário em uma questão envolvendo a sua empresa. A partir daí vários consultores descobriram que poderiam utilizar a mesma abordagem nas organizações.

Desenvolvimentos posteriores, principalmente de “Gunthard Weber” e “Mathias Varga Von-Kíbed” trouxeram novos modelos e estímulos para o emprego dessa abordagem no contexto das empresas. Hoje existem muitos praticantes e centros de treinamento pelo mundo, que se dedicam e ensinar profissionais na área  de recursos humanos, administração, empresários e outros. Essa abordagem de Constelação sistêmica organizacional pode ser útil em diversas áreas de atuação. O primeiro encontro internacional aconteceu na Holanda.

2. Quais são as principais leis sistêmicas nas organizações?

Bert Hellinger, descobriu que nos relacionamentos humanos existem três princípios que atuam de forma inconsciente, que são as três leis da ordem: hierarquia (aquele que entrou em primeiro lugar no grupo tem precedência sobre aquele que chegou mais tarde), equilíbrio (entre o dar e o receber) e do pertencimento (o desejo de pertencer ao grupo).

Essas leis atuam fortemente nas famílias e também em outros grupos.  Baseado nessas leis e no fenômeno descoberto no século XX, por Moreno e depois confirmado por Virginia Satir, Hellinger descobriu que podemos obter informações sobre os relacionamentos dentro de um sistema social. Quando pedimos as pessoas estranhas que representem outras no campo mórfico,   a esse fenômeno foi chamado de “constelação sistêmica”.

Essas descobertas levaram a importantes “insights” sobre o funcionamento das relações em grupo e mostraram que muitas intervenções sobre grupos produzem efeitos inconscientes sobre o grupo.

Segundo Hellinger, sistema significa uma comunidade ou um grupo de pessoas unidas pelo destino, através de várias gerações, cujos membros podem ser inconscientemente envolvidos no destino de outros membros. Mas foi Gunthard Weber, um psiquiatra, nascido na Alemanha que ampliou o trabalho de Hellinger e estabeleceu alguns parâmetros iniciais e expandiu o trabalho sistêmico organizacional pelo mundo. Ele se baseou nas teorias de Hellinger e deu seguimento com novas estratégias. 

3. Quais são as leis sistêmicas aplicadas nas organizações?

– Lei da Ordem ou da Hierarquia – É a lei que é comandada pela precedência no tempo, isso significa que aqueles que vieram antes tem precedência sobre quem veio depois.  O filho mais velho tem precedência sobre o irmão mais novo. O pai tem precedência sobre o filho e assim por diante. No sistema familiar observar essa dinâmica é fundamental para que haja força e equilíbrio entre os integrantes do sistema. Nas organizações ocorre a mesma procedência. Exemplo: um gestor do setor de recursos humanos tem precedência aos colaboradores abaixo dele  e se um dos seus colaboradores possui cargo de chefia de algum departamento, ocorre o mesmo processo. 

– Lei do Pertencimento – Todo membro de uma família tem o mesmo direito de pertencer. O mesmo ocorre em uma empresa. O sistema preocupa-se em proteger todos da mesma forma. Se por acaso esse direito é negado a algum membro, o sistema o reconduz ao grupo através da sua representação por  futuras gerações que virão e o mesmo ocorre na empresa. O colaborador que for excluído ou demitido, independente do motivo, poderá acarretar o desequilíbrio desse sistema e os próximos colaboradores que virão, poderão ter os mesmos problemas dos anteriores. O sistema não concede nenhuma exceção, nem em casos onde nosso julgamento aponta para penalizar com a exclusão àqueles que agem fora da regra moral.

– Equilíbrio (Entre o dar e receber) – A lei do equilíbrio fala da troca entre o dar e o receber dentro de um relacionamento entre iguais. Ela pode ser facilmente percebida. Quando alguém te dá algo, ou te faz um elogio, nosso movimento natural é agradecer e retribuir, pois nos sentimos pressionados, como se fosse uma dívida.

Essa lei é infringida quando pessoas que doam demais e consequentemente ficam num lugar onde é difícil receber a dedicação que um dia deram a alguém ou para uma organização. 

A proposta do equilíbrio é de se permitir vivenciar o fluxo das relações de experiências vivenciadas a partir da partilha.

Quando um funcionário dá muito a um trabalho executado, buscando oferecer o melhor serviço e nunca recebe um elogio, ao contrário, apontam as suas falhas. Quando há muitas cobranças e não reconhece o esforço do colaborador que deu muito e não teve reconhecimento, acarretará desmotivação por parte deste colaborador. A desmotivação é um sinal de que não ocorre a troca e desencadeará o desequilíbrio dessas relações com insatisfações, frustrações, entre outros. 

Quando doamos uma prestação de serviços para uma pessoa ou uma organização, precisamos que haja troca por parte daquele que recebeu. É preciso reconhecer e retribuir  o que se recebeu, seja com  elogios, premiações, incentivo a um planejamento de carreira ou benefícios. 

4. Quais são os benefícios da Constelação sistêmica nas organizações?

A constelação sistêmica organizacional, pode ajudar a identificar padrões de comportamento que dificultam a harmonia nas relações e oferecer perspectivas para a resolução desses conflitos. Ela pode ser uma forma de mediação de conflitos nas relações interpessoais. 

A constelação sistêmica  restaura e traz clareza na experiência pessoal em relação ao próprio sistema  ou grupo, possibilitando o crescimento interno com uma visão ampliada, saindo dos modelos mentais rígidos e quebrando padrões de comportamento repetitivos. Trazer a consciência da causa que originou os problemas atuais.

Nas organizações é feito um estudo detalhado de como nasceu essa instituição, quem escolheu o nome, a marca, o logotipo, o local de trabalho, quem são os sócios, quem fundou, quem teve a primeira ideia criativa, entre outras perguntas. É feito uma anamnese empresarial. Somente após este estudo bem elaborado, planejado e organizado, o constelador poderá atuar na organização. 

Os atendimentos podem ser presenciais ou online. 

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5. REFERÊNCIA

HELLINGER, B. Ordens do Amor: um guia prático para o trabalho com Constelações familiares. 1ª Ed. São Paulo: Cultrix, 2003.

WIKIPEDIA. A enciclopédia livre. Constelação Organizacional. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%A3o_organizacional>. Acesso em: 02 de janeiro de 2024, 19horas.

 

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